quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Release - Primeiro Capixaba da História no Teto das Américas


 PRIMEIRO CAPIXABA DA HISTÓRIA NO TETO DAS AMÉRICAS



Saindo do nível do mar, nas areias da Praia de Camburi aonde costuma correr diariamente, o capixaba ultramaratonista de montanha Joao Vitor Novaes fez história no ultimo dia 28 ao conquistar o cume do Aconcagua na cordilheira dos Andes.

A montanha com 6.962 metros de altitude é o ponto mais alto da Terra excluindo os Himalayas aonde está o Everest. Considerada o Teto das Américas o Aconcagua ofereceu ao atleta um cardápio completo de desafios, nevascas com 35 graus negativos, ventos de 70km/h, baixíssima umidade no ar e não esquecendo é claro as características da alta montanha, baixa pressão e falta de oxigênio.

O atleta conseguiu o feito em sua segunda tentativa, ele havia tentado em 2017 mas teve que voltar exausto dos 6.700 metros, explica ele “em 2017 tentei o cume com apenas 7 dias de expedição, foi pouco, foi quase irresponsável para quem mora ao nível do mar, o normal seria levar cerca de 20 dias com auxilio de equipes, eu tentei sozinho, é o meu perfil, desafiar o próprio corpo. Este ano eu acreditava ser possível fazer em 9 dias, seguindo o mesmo plano mas dando 2 dias de descanso, mesmo com todas as dificuldades de estar sozinho e carregar todo meu equipamento deu certo desta vez, fiz um cume seguro, cedo, próximo ao meio dia e retornei em segurança ao acampamento, foi, sem dúvida, a maior provação de esforço do corpo que passei em toda minha carreira”

Apesar de ter tido sorte com predominância de bom tempo na maior parte da expedição, o que seria ainda baixas temperaturas em torno de zero grau e ventos relativamente fracos de 50km/h, o atleta contou que passou por alguns momentos de aflição, “tive dois momentos de grande preocupação, o primeiro ao chegar ao acampamento 2, a 5.500 metros fui pego em uma nevasca, garantir a segurança da barraca naqueles ventos eram incertos, a aquela altitude qualquer pessoa toma a decisão de retornar, mas para o Aconcagua era apenas mais um degrau. O outro momento foi no dia do cume, o sol estava nascendo e quando íamos receber o calor dos seus raios, uma nuvem preta surgiu literalmente do nada e se estacionou no cume da montanha, tudo ficou escuro, tinha apenas uns 15 metros de visibilidade e a temperatura despencou para uns 35 graus negativos, tudo em mim congelou, os zíperes, cadarços, tudo, foi sem duvida o momento de maior medo, decidi seguir em frente apostando que do mesmo jeito que a nuvem apareceu ela podia sumir e assim foi.”

Dividindo a vida entre os desafios e o trabalho como microempresário, Joao Vitor conta que não tem planos para outras altas montanhas como o Everest, mas com um repertorio de vários países e ambientes inóspitos podemos esperar mais dele “conquistar o Aconcagua foi mais uma provação do limite do meu corpo, de experimentar estar sem oxigênio e do que sou capaz de suportar na natureza, agora tenho um novo limiar do até onde posso ir quando estiver em minhas corridas, foi um teste de autoconhecimento. Me sinto mais tranquilo e mais preparado daqui pra frente”.

O próximo desafio confirmado do atleta é a prova de montanha Insanity Mountain, aqui no Mestre Alvaro em abril onde ele irá correr 33km subindo 3.300 metros ao total, além disso ele planeja para o primeiro semestre cruzar toda a Serra da Mantiqueira correndo com cerca de 150km e esta confirmado para cruzar as montanhas Dolomitas nos Alpes Italianos em maio.



















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